domingo, 25 de março de 2018

Precisamos conversar sobre seus neurotransmissores

Eu irei mudar a forma que você os enxerga (e enxerga nootrópicos) 


Dentro da sua "caixola", moram uns 100 bilhões de neurônios, segundo o chute dos cientistas [1]. Essas células não está lá, paradinhas, cada uma no seu quadrado. Na verdade, neurônios trabalham em equipe e são incrivelmente tagarelas. O bate-papo neuronal ocorre por meio de neurotransmissores -  as bolinhas laranjas da foto acima.

Essas são pequenas moléculas que um neurônio libera. Elas encontram outro neurônio, que, na sua superfície, tem um receptor de formato específico, perfeito, feito "sob medida" para cada neurotransmissor. Assim, esses mensageiros 'ativam' o neurônio. Transmitem uma mensagem - que pode ser traduzida de alguma forma na nossa capacidade cognitiva, percepção, sentimentos, humor e comportamento [2]. Mas isso é uma visão meio romantizada - e só a ponta do iceberg.

sábado, 24 de março de 2018

L-teanina melhora a qualidade do sono de pacientes de TDAH, diz estudo


A l-teanina, aminoácido encontrado nas folhas do chá verde, é reconhecida por provocar sensações de tranquilidade. Levando esses efeitos "zen" em conta, um estudo verificou se ela melhora a qualidade sono, que é frequentemente prejudicada no TDAH.


Os problemas de sono nesses pacientes são diversos: possuem dificuldades para adormecer, acordam várias vezes durante a noite, tem dificuldade para acordar de manhã e apresentam sonolência diurna [1]. E uma noite de sono ruim geralmente é um passaporte para um dia seguinte ainda pior – você sabe que a sonolência reduz a capacidade de concentração e deixa o humor mais azedo. Isso é especialmente mais frustrante quem já possui TDAH.

Zembrin, uma planta esquecida com suposto efeito relaxante e nootrópico. O que a ciência diz?

Planta está "na mira" dos cientistas por sua ação peculiar tanto no humor quanto a cognição


Sceletium tortuosum é uma planta nativa do sul da África e, há séculos, é usada como um psicotrópico. Mas foram nos últimos 15 anos que a planta tem atraído considerável atenção porque, supostamente, teria a habilidade de promover uma sensação de bem-estar e aliviar o estresse em pessoas saudáveis [2].

Em ensaios clínicos [3, 4], voluntários saudáveis usando Zembrin, um extrato padronizado dessa planta, relataram sentimentos gerais de bem-estar e bom humor. Eles também relatam sentimentos de "alto astral", melhor qualidade de sono (ainda que sem nenhum problema de sono prévio) e uma melhora na capacidade de lidar com situações estressantes.

O perigo do Phenibut


É, de certa forma, uma surpresa que o Phenibut seja vendido livremente em farmácias da Rússia e da Ucrânia. Em terras orientais, é um medicamento indicado para tratar a insônia e aliviar a tensão. Ao mesmo tempo em que é poderoso, ele também é perigoso.

Embora não seja aprovado como medicamento na maioria (se não todos) os países ocidentais, o Phenibut pode ser encontrado pela Internet. Conforme relatos de fóruns online, o Phenibut é principalmente utilizado para diminuir as inibições sociais e debelar a ansiedade [1].


Curcumina, a molécula de ouro: neuoroprotetora e antidepressiva?



Qualquer ávido leitor de conteúdos sobre saúde já se deparou com o processo de beatificação do açafrão da terra (Curcuma longa), um condimento já usado há tempos imemoriais. A curcumina, que é a principal molécula ativa desse condimento coleciona títulos de honra na literatura: antioxidante [1], anti-inflamatória [2], um possível agente anticarcinogênico [3], antimicrobiana [4] e hepatoprotetora [5].

Uma tonelada de artigos científicos apontam que o estresse oxidativo e a neuroinflamação prolongados são os maiores arqui-inimigos do cérebro. Estão associados com o declínio cognitivo e a demência [6]. Por fazer frente aos radicais livres e à citocinas pró-inflamatórias, faz sentido que a curcumina proteja o cérebro.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Ritalina, Venvanse e Adderall: qual a diferença? E funcionam?

Afinal, estimulantes melhoram a inteligência? E qual a diferença entre eles?


Take Your Pills, da Netflix

Recentemente, a Netflix lançou o documentário Take your pills, que retrata o uso off-label (isto é, fora das indicações da bula) de vários medicamentos estimulantes. O filme mostra universitários e empresários usando drogas indicadas para Transtorno de Déficit de Atenção. Eles não tem o Transtorno - desejam melhorar a produtividade e a concentração.

Os medicamentos que são o centro da produção da Netflix - Ritalina, Venvanse e Adderall - provocam efeitos colaterais, especialmente cardiovasculares e o risco de dependência. Por isso, refogem à classificação tradicional de nootrópicos, que seriam, por definição, seguros e neuroprotetores.