Combinando nootrópicos: os 6 stacks mais eficientes

Não faça uso de qualquer substância - seja suplementos ou fármacos - sem a prescrição de um profissional de saúde especializado. Do contrário, você poderá prejudicar a sua saúde. As informações abaixo são apenas para fins de conhecimento  - e não constituem aconselhamento médico

Muitos tomam suplementos para turbinar o desempenho físico: BCAAs, Whey Protein, creatina, cafeína - e por aí vai. Ter um corpo "atlético" não é inútil - pode ser importante para autoestima.

Mas ponto mais decisivo para o sucesso é o desempenho cognitivo. O que você ganha, os objetivos que você atinge e o legado que você deixa: tudo isso é baseado na sua capacidade de raciocinar. Como, então, malhar e esculpir os músculos dos cérebros?

Os chamados nootrópicos (para conhecê-los, clique aqui) despontam como o arsenal de suplementos (e até medicamentos) para atingir a neurocosmética. Mas muito calma: um cérebro afiado - com memória, foco e criatividade tinindo - dependem, primeiramente, de hábitos saudáveis.

Os principais seriam a estimulação cognitiva (com a execução de tarefas mentais - inclusive novas e desafiadoras), alimentação adequada, exercício físico e sono. Todos esses fatores que podem melhorar a performance intelectual - e, claro, os nootrópicos - são muito bem contemplados no meu livro: Turbine Seu Cérebro.

Só depois de executar com excelência os hábitos saudáveis, deveria-se considerar (e discutir com um médico!) os  nootrópicos. Para muitos usuários - e conforme alguns estudos científicos - "pílulas da inteligência" funcionam melhor em combinação.

Os stacks de nootrópicos

Chama-se de stack a combinação de nootrópicos de forma propositada e nada aleatória. A ideia é buscar casar queijo e goiabada - utilizar mais de uma substância que complemente ou melhore o efeito da outra, por meio de suas interações.

O nome disso é  sinergia: num combo, determinados nootrópicos trabalhariam melhor em equipe, sendo mais eficazes que quando usados isoladamente.

É isso que você verá nesse artigo: como os ingredientes dessas "receitas" interagem para proporcionar dado efeito - como aumento de memória ou da concentração.

Porém, reforço a importância da prescrição médica - especialmente em combinações. As dosagens dispostas abaixo são apenas para fins informativos (representam aquelas geralmente usadas em estudos científicos ou, em relatos anedóticos).

Vamos lá:

Os objetivos dos stacks

Como disse, as combinações são pretensiosas: os "casamentos" são calculadas de forma a atingir um objetivo específico. Por exemplo, a combinação de piracetam com colina é pouco reconhecida como forma de melhorar o "alerta" - mas teria potencial para aprimorar a memorização.

Combinações aleatórias podem ter efeitos imprevisíveis: ineficazes e, na pior das hipóteses perigosos - devido a interações prejudiciais, em potencial.

Os "inimigos" que as combinações mais descritas combateriam são:

Inimigo 1: falta de foco; distração ao estudar

L-teanina (200 mg) + cafeína (100 mg) 

Além de hábitos saudáveis, há importantes técnicas para enfrentar a falta de concentração ao estudar.  Ter um ambiente tranquilo, organizado; afastar distrações como TV, celulares e notificações; fazer pequenas pausas a cada 30 minutos... Essas e outras estratégias ajudam a manter o foco.

Já no mundo dos nootrópicos, há vários estudos validando o combo de cafeína com l-teanina como arma contra a falta de foco. Em fóruns, é um dos stacks mais famosos - porque, subjetivamente, proporciona efeito imediato (segundo relatos) e seus componentes são considerados como geralmente seguros.

Nenhuma novidade: a cafeína (e sua principal fonte - o café) é aliada na manutenção do estado de alerta e a concentração.

Por outro lado, dependendo de vários fatores (sensibilidade individual, humor inicial, dose...), ela pode ser inimiga: aumenta a ansiedade e o estresse. O tiro sai pela culatra - estar "ligadão" e agitado é tão útil para estudos quanto estar letárgico e sonolento.

Daí que propõem o "par perfeito" para a cafeína um aminoácido encontrado naturalmente no chá-verde, a l-teanina. Assim como a cafeína, a l-teanina também promove maior concentração - então, os efeitos se somariam.

Mas o X da questão é que, além disso, a l-teanina promove tranquilidade e relaxamento, sem ter efeito sedativo. Com isso, neutralizaria as desvantagens da cafeína e reforçaria seus benefícios. O resultado final seria "foco relaxado", potencialmente melhorando a produtividade.

Alguns usuários relatam que combinar a l-teanina com cafeína causa um estado de "fluxo" ou hiperfoco - em que o difícil é "deixar" de estudar ou estar envolvido com algum material ou tarefa mental.

Um estudo demonstrou que a l-teanina não apenas reduz a ansiedade e o aumento da pressão arterial que a cafeína causa (1). Outro estudo também demonstrou os benefícios cognitivos da combinação de l-teanina com cafeína (2). Vários outros pesquisadores replicaram esses resultados, em consultas à literatura científica.

A l-teanina é encontrada naturalmente no chá verde, mas em doses muito pequenas. O chá verde do tipo Matchá contém maior quantidade da l-teanina. Muitos preferem manipular esse aminoácido - assim você sabe exatamente quanto está ingerindo.

Os estudos científicos geralmente usam uma dose padronizada em 2 : 1 de l-teanina : cafeína (por exemplo, 100 mg de l-teanina para 50 mg de cafeína, ou 200 mg de l-teanina para 100 mg de cafeína).

Inimigo 2: pouca retenção de conteúdo, dificuldade para aprender (I)

Piracetam (1600 mg por dia) + colina (500 mg)

O conteúdo em universidades, editais de concursos e vestibulares sempre parece maior que a capacidade de retenção. Em termos de técnica, uma delas é a revisão constante. A consistência ajuda a  transferir conteúdos da memória de curto-prazo para a de longo-prazo.

Entre os nootrópicos, a combinação mais popular para reforçar a capacidade de memorização e aprendizado é a de piracetam (um medicamento) com colina (uma vitamina). Seus usuários fazem muito alarde, dizendo que o stack causa: aumento da memória, claridade mental, "lucidez", criatividade, fluidez verbal e aprendizado.

A ciência, porém, não acompanha a fama do combo nos fóruns - há poucos estudos, especialmente recentes, validando tais alegações.

O piracetam, uma droga sintética, é usado para reverter a perda de memória associada com o envelhecimento - grande parte das pesquisas sobre a droga são em pessoas com algum déficit cognitivo.

Uma das formas pela qual o piracetam atua é permitindo uma comunicação mais efetiva entre os neurônios - algo fundamental para a formação de sinapses e neuroplasticidade (que são bases da memória).

Há um estudo científico (3) antigo demonstrando que o piracetam melhora a memória verbal em universitários saudáveis: o que só foi notado após duas semanas de uso. - mas não após uma semana. Ou seja: os resultados na memória podem demorar para aparecer (e também não são espetaculares, até aonde se estudou).

Além dos efeitos na comunicação cerebral, o piracetam parece potencializar a utilização da acetilcolina - mensageiro químico importante para muitas vias de memorização. Não se sabe, porém, qual é a magnitude desse efeito em indivíduos saudáveis.

Para ampliar o efeito do piracetam nesse mensageiro, muitos usuários usam a colina - que, como o nome sugere, é o tijolo de construção da acetilcolina. Suplementar com a colina ajuda também a reverter a carência dessa vitamina, algo que é bastante comum na população adulta. Em teoria, algo que o piracetam "agravaria" - ao aumentar o consumo de acetilcolina.

Muitas pessoas reportam, empiricamente, mais benefícios ao combinar o piracetam com a colina do que ao usar um deles isoladamente. Porém, deve-se ter cautela para evitar o excesso de acetilcolina - que causa sintomas desagradáveis como enrijecimento muscular e dores de cabeça. 

Algumas pessoas são muito sensíveis aos suplementos de colina - isso depende da fisiologia de cada um. É necessário experimentação para determinar a dosagem ideal ou se há necessidade de suplementação.

O piracetam é vendido em farmácias como Nootropil e outros nomes comerciais, sob prescrição médica.

Há várias fontes de colina. Na alimentação, há opções como ovos e fígado. É possível suplementar com suplementos como a lecitina de soja ou o bitartarato de colina. O Alpha-GPC e a citicolina, porém, são fontes mais biodisponíveis (aproveitadas pelo corpo) - mas mais dificilmente encontradas e mais caras.

Inimigo 3: pouca retenção de conteúdo, dificuldade para aprender (II)

Piracetam (1,6 g) + 5 00 mg de colina) +  acetil l-carnitina (500 mg)

Uma possível adição ao combo de piracetam + colina é o suplemento acetil l-carnitina (resumidamente, ALCAR). Outro suplemento, a l-carnitina (um aminoácido), é famosa entre ratos de academia que almejam perder gordura ou melhorar a disposição nos treinos.

O ALCAR (versão acetilada da l-carnitina) diferencia-se por ser capaz de chegar ao cérebro com mais facilidade. Alguns usuários relatam que, ao usar o ALCAR, sentem um aumento da energia, motivação e alerta. A l-carnitina está envolvida no metabolismo energético.

A ideia da adição ao último stack parte de pesquisas que mostram que o ALCAR direciona mais colina para a síntese da acetilcolina (4) (o mensageiro da memória) - evitando que a colina seja desviada para outros fins. O ALCAR faz isso dando um turbo na atividade de uma enzima chamada de colina acetiltransferase, que fabrica o neurotransmissor.

Com isso, em termos teóricos, haveria acetilcolina de sobra para garantir os efeitos do piracetam. O resultado esperado - e relatado anedoticamente - seria maior facilidade e rapidez para adquirir aprendizados e consolidar memórias.

O ALCAR, tal como o piracetam, também tem efeitos neuroprotetores - que são bem mais estudados. Várias pesquisas demonstram que o suplemento é um aliado da saúde cerebral, potencialmente combatendo a neurodegeneração.

A acetil l-carnitina pode ser encontrada em farmácias de manipulação.

Inimigo 4: indisposição e falta de motivação, pouca retenção de conteúdo (III)

Cafeína (100 mg) +  sulbutiamina (200 mg)

Você provavelmente já se queixou de cansaço hoje - ou, ao menos, essa semana. Um dos pivôs é o estilo de vida: sono sofrível em quantidade e qualidade, uma alimentação que não dá combustível ao cérebro. Esses fatores merecem atenção - e podem ser modificados com algum esforço. Mas o excesso de trabalho nem sempre está sob o nosso controle.

Contra o cansaço motivado pelo desgaste intelectual, existe a sulbutiamina. É um medicamento (vendido sob prescrição médica), derivado da vitamina B1, com efeito estimulante. É oficialmente indicado justamente contra o cansaço exagerado - inclusive por trabalho excessivo e estresse, conforme a bula. Assim, atenuaria problemas como raciocínio lento e falta de motivação.

Por exemplo, em universitários que queixavam-se de exaustão durante a época de provas, a sulbutiamina "melhorou a função cognitiva e resistência física, com redução dos níveis de ansiedade, sem registro de reações adversas como agitação ou dependência".

A sulbutiamina tem efeito principalmente nos neurotransmissores dopamina e acetilcolina - que participam de vias neurais que mantém o cérebro alerta e acordado. A cafeína "combate" a adenosina - um neurotransmissor que, ao acumular-se ao longo do dia, produz sonolência. Com isso, em teoria, poderia ter sinergia com a sulbutiamina.

Finalmente, a cafeína também estimula a liberação de vários neurotransmissores - incluindo dopamina e acetilcolina - tendo efeito aditivo ao da sulbutiamina.

Usuários relatam que, com a combinação, "conseguem trabalhar ou estudar por horas seguidas" e que as tarefas tornam-se menos estressantes. "Há um grande aumento de energia, com melhora na resistência" - e também uma redução da "crash" da cafeína - sensação de fraqueza ou depressão que tomam lugar, em algumas pessoas, quando cessam os efeitos desse velho estimulante .


Tanto a cafeína quanto a sulbutiamina - isoladamente - demonstraram, em pesquisas, a capacidade de melhorar a memória e os níveis de energia de pessoas saudáveis.

Um problema é que a combinação foi estudada cientificamente somente uma única vez. (5). Em atletas, um suplemento esportivo "melhorou significativamente sentimentos de foco e energia" e também o tempo de reação. Mas havia ainda outros componentes na fórmula - assim, é impossível atribuir esse efeito exclusivamente à sulbutiamina e cafeína.

Outra possibilidade é uma interação negativa - com tremores, agitação excessiva e ansiedade.

É importante lembrar que cansaço, indisposição e problemas de raciocínio podem ser causados por doenças e merecem atenção médica!

Inimigo 5: estresse - cansaço, prejuízos no raciocínio

Fisioton (400 mg de extrato seco de Rhodiola rosea) + l-tirosina (até 500 mg, 3 vezes ao dia) 

Estresse é outra palavra em voga no dicionário moderno. Há um ciclo vicioso: sono restrito combinado a longas jornadas de trabalho causam estresse e cansaço - comprometendo o rendimento. Quando o nosso desempenho cai com menos produtividade no trabalho, lapsos de memória e erros por desatenção - causando ainda mais estresse. E ainda pior rendimento - e sono. Até o burnout. 

Você entendeu a ideia. E como os nootrópicos podem ajudar? A l-tirosina (aminoácido) e a planta Rhodiola rosea, disponível  como medicamento no Brasil, auxiliam o corpo a responder ao estresse e a tensão. Vamos ver como os dois agem, isoladamente:

Rhodiola rosea

A Rhodiola rosea é uma planta oriental que tem um efeito classificado como adaptogênico. Os adaptogênicos são substâncias que ajudam o corpo a responder de forma eficaz ao estresse - seja mental, físico ou emocional. A ideia é o equilíbrio: os adaptogênicos ajustariam os níveis hormonais e de neurotransmissores  que estariam prejudicados pelo estresse.

Fonte: Neogen

Nesse sentido, a planta fornece mecanismos para que seu cérebro lide com a privação de sono ou sobrecarga de trabalho. Mesmo que você esteja numa situação de pressão intelectual que lhe cause fadiga, a Rhodiola reduz a irritação, ansiedade e aumenta o desempenho (7).

Mas, além de ajudar a gerir a ansiedade e o estresse, a Rhodiola também possui propriedades estimulantes. A Rhodiola causa um leve aumento nos níveis de dopamina, pois inibe a enzima que quebra esse neurotransmissor e outras monoaminas (8) (9) - embora mais estudos sejam necessários para comprovar esse efeito em humanos.

Como a dopamina está envolvida com as funções executivas do cérebro - como a capacidade de planejar, integrar raciocínios e a concentração - a Rhodiola rosea consegue turbinar o desempenho intelectual.

Nesse sentido, a Rhodiola rosea se combina bem com a l-tirosina, um aminoácido que é o combustível usado pelo cérebro para manter a fabricação de dopamina e noreprinefrina. O estresse aumenta a liberação desses dois neurotransmissores.

L-tirosina

A suplementação com a l-tirosina aumenta a produção de dopamina. Isso previne o declínio do desempenho cognitivo, evita variações de humor e dá suporte ao cérebro em momentos de fadiga ou privação de sono. Comprovações científicas do poder da l-tirosina, um simples aminoácido, em situações de alto estresse não faltam.

Vamos lá: um estudo com a l-tirosina foi feito em militares (10). Eles estavam enfrentando baixas temperaturas e altas altitudes. Ou seja: muito frio e um ar rarefeito. Uma situação, o leitor terá de convir, "minimamente" desconfortável e estressante.

Pois os militares que usaram a l-tirosina, na dosagem de 50 mg/kg, lidaram bem melhor com aquelas condições adversas. O grupo da l-tirosina teve consideravelmente menos sono, dores de cabeça, estresse e fadiga.

Mais que isso: eles melhoraram o humor e estado mental: se sentiam mais felizes, com maior clareza mental. Não era só algo que eles sentiam: tais militares tiveram resultados melhores que o grupo placebo em testes aritméticos, de reconhecimento de padrões e de localização em mapas.

Em um estudo feito com militares que passavam por um estressante curso de treinamento intensivo, a l-tirosina (usada em doses de 2 gramas por dia) foi capaz de aumentar vários aspectos da função cognitiva (11).

Há sinergia entre a Rhodiola rosea e a l-tirosina, mas deve-se ter cuidado para evitar o excesso de dopamina. Um aumento adequado de dopamina deve permitir a redução da ansiedade em situações de muito estresse.

Nesse cenário, esse stack deve permitir o aumento do prazer, bom-humor, confiança, entusiasmo e provocar um sentimento generalizado de bem-estar. No entanto, os sentimentos de ansiedade, insônia e agitação mostram que esse stack não é o ideal para você.

Caso você não esteja numa situação de muito estresse, é mais recomendado fazer uso apenas da Rhodiola rosea isoladamente, já que ela é quem tem a maior comprovação científica. Isso será o suficiente para aumentar o rendimento cognitivo e a disposição mental. 

Também é perigoso usar a Rhodiola rosea com outros medicamentos, como a Ritalina e inibidores da monoamina oxidase. Pacientes com desordem bipolar não devem usar essa combinação ou de qualquer um dos dois isoladamente. O uso, em todos os casos, deve ser orientado por um médico.

A Rhodiola rosea é encontrada nas farmácias com o nome-fantasia de Fisioton.

Já a l-tirosina é encontrada somente em farmácias de manipulação. A N-acetil l-tirosina é uma forma de l-tirosina que consegue atravessar com mais facilidade a membrana hematoencefálica, que divide o sangue do cérebro. Por isso, essa forma variante mais eficiente. No entanto, a n-acetil l-tirosina só pode ser obtida por meio da importação.

Inimigo 6: baixa performance em provas

Ginkgo biloba (~ 60 mg - 120 mg do extrato seco) + Panax ginseng (~ 100 - 200 mg do extrato seco)

O veredito da ciência não é definitivo: mas é possível que os fitoterápicos Ginkgo biloba e Panax ginseng, quando usados em combinação, auxiliem nas funções cognitivas. Algumas pessoas põem a mão no fogo por esses dois, relatando benefícios como aumento da atenção, da energia e da memória. 

Outros, porém, não sentem diferença alguma. Pessoalmente, nunca notei nenhum efeito consistente ou óbvio ao usar o ginseng ou o ginkgo. Mas como são substâncias acessíveis e relativamente seguras, de vez em quando eles aparecem no meu coquetel de nootrópicos.

Uma vantagem disso é que a combinação do ginkgo com o ginseng promove um efeito regulatório no de vários neurotransmissores no hipocampo, centro da memória no cérebro. Essa combinação promove a modulação da acetilcolina, serotonina e dopamina. Os excessos e as deficiências são, assim, evitados, o que melhora o o aprendizado e a memória (12).

E foi justamente isso que outro estudo demonstrou. Os pesquisadores utilizaram uma combinação de ginkgo com ginseng em adultos de meia-idade saudáveis. Tal combinação  permitiu o armazenamento de mais informações temporariamente (memória de curto prazo), além de garantir maior formação de aprendizados (memória de longo prazo) (13). 

Por fim, um último estudo notou que doses agudas de ginkgo em combinação com o ginseng possuem sinergia. Em pessoas saudáveis, essa combinação aumentou acertos e a velocidade dos voluntários em testes aritméticos. O efeito mais notável do que quando os dois fitoterápicos foram usados isoladamente (14).

Esses resultados são ainda mais sólidos quando consideramos que o ginkgo e o ginseng, quando usados em conjunto, aumentam a liberação de acetilcolina nas sinapses (15). A acetilcolina é o mensageiro químico responsável pela retenção de novas informações, acesso à memórias e performance de cálculos e análises.

Descubra mais: como melhorar o desempenho do seu cérebro

Confira aqui a segunda edição do meu livro, "Turbine Seu Cérebro". Nele, você descobrirá: 

• Tudo sobre nootrópicos - substâncias que prometem aumentar a capacidade de concentração, melhorar a memória, humor e raciocínio. Eu coletei relatos de uso e também pesquisei o veredito da ciência sobre a eficácia e segurança de dezenas desses compostos.

• Estratégias de estilo de vida, como a melhora da qualidade de sono, para melhorar seu desempenho mental.

• Como os alimentos podem impactar a sua performance cognitiva e seu humor.

• Tudo isso numa linguagem agradável e acessível e em uma obra impecavelmente ilustrada.

Clique aqui para saber mais!