terça-feira, 19 de novembro de 2019

Piracetam: droga promissora no estresse pós-traumático



Pesquisa revela que piracetam pode facilitar recuperação de traumas

O piracetam é a vedete do mundo dos nootrópicos. A boa fama pouco tem a ver com estudos mostrando benefícios à cognição: poucas pesquisas avaliaram os efeitos da droga em pessoas saudáveis. Tal popularidade é melhor explicada pela tonelada de relatos pregando que o piracetam melhora o aprendizado. Funciona ou não?

Estamos longe de um consenso. Porém, uma pesquisa recém-publicada, em outubro de 2019 - feita em ratos - reforça um pouco a crença de internautas. Cientistas do Instituto de Tecnologia da Índia concluíram que o piracetam facilita a consolidação de novas informações. Mais do que isso - o piracetam "substitui" memórias traumáticas por novos aprendizados, apagando registros de medo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Nó-de-cachorro: nootrópico e afrodisíaco?


Todo dia de manhã, antes de começar o batente, João da Cruz Oliveira, 62 anos, lavrador em Poconé, Mato Grosso, toma uma talagada de cachaça misturada com a raiz de uma planta conhecida como nó-de-cachorro. (...) Uma dose por dia, numa xícara de cafezinho, energiza as crianças preguiçosas, fortifica a memória, diminui o colesterol e, garantem os pantaneiros, previne a impotência sexual.
Os nomes para a planta quase milagrosa acima são muitos: além de nó-de-cachorro (porque alguém com pensamentos bizarros disse que a raiz parecia com o pênis canino) e raiz de Santo Antônio. A ciência também não deixa passar despercebida a fama: chama a planta de Heteropterys aphrodisiaca. Nome sugestivo.

E vem de longa data. Em 1929, o Estado de Mato Grosso alertou a cientistas que os ramos eram "louvados" como "tônico afrodisíaco". Em 1949, finalmente foi identificada a espécie, descrita como "planta medicinal útil principalmente como afrodisíaca e contra o esgotamento nervoso", contra o desânimo e revigorando mente e corpo. Mas será que a ciência concorda com esse uso popular?