sábado, 31 de dezembro de 2016

8 drogas que aumentam a memória comprovadas pela ciência

Ampliar a memória de pessoas saudáveis não é ficção científica. Conheça os medicamentos e suplementos que aumentam a memória

As conexões neuronais mudam constantemente
Vou contar para você algo fantástico sobre o seu cérebro. Tudo aquilo que você faz, a que você presta atenção e tudo o que você pensa altera a estrutura a e a função do seu cérebro. Há apenas algumas décadas os neurocientistas acreditavam que os seus miolos eram inflexíveis como aço inox. Hoje se sabe que a história é bem diferente: sabe-se que o cérebro é bem maleável.

Descobriu-se a neuroplasticidade. De acordo com as atividades e informações a qual é submetido, o cérebro faz ou desfaz as suas conexões neuronais. Isso significa que, depois de ler esses dois parágrafos, o seu cérebro já não é mais o mesmo. E não será mais o mesmo após você ler esse texto.

Essa incrível capacidade do cérebro de remodelar as teias de conexões neuronais é a base do aprendizado e da memória. Durante o aprendizado - ou seja, quando adquirimos novos conhecimentos sobre o mundo - os neurônios modificam suas estruturas e as suas conexões.

Desculpe o transtorno. Estamos em manutenção permanente para melhor atendê-lo

Ao estudar para uma prova, por exemplo, você cria um circuito neuronal específico para aquele conteúdo que você viu. Essas informações podem ficar só por um tempo na memória de curto prazo. Aí está a glória de revisar. Quando você submete o seu cérebro novamente às mesmas informações, você fortalece as conexões daquele mesmo circuito de neurônios. 


Daí a lei: neurônios que disparam juntos, conectam-se (soa mais legal em inglês: neurons that fire together, wire together). O aprendizado então é melhor retido e armazenado, porque a força da conexão é mais intensa. 

Se a informação não é revisada, então fica mais difícil acessar aquelas conexões neuronais. O desuso faz com que essas conexões enferrujem, sejam enfraquecidas. As sinapses menos ativas, podem até mesmo ser removidas (pela retração axônica) e perdidas.

Manipulando a neuroplasticidade a nosso favor
Muitas coisas são importantes para a memória: a alimentação, o sono e o exercício físico são todos aliados dela. No meu livro, o Turbine Seu Cérebro, eu explico como a memória pode ser melhorada através desses fatores. Clique aqui para saber mais.

E, inegavelmente, o aprendizado - ou seja, o ato de adquirir conhecimentos - é indispensável para a memória (que é, meramente, a capacidade de guardar esses aprendizados). Não há como memorizar sem se expor à informações, sem aprender. O aprendizado é um pré-requisito da memória.


Depois de considerar todos esses fatores fundamentais, há também nootrópicos (substâncias neuroprotetoras capazes de melhorar as funções cognitivas) que atuam principalmente no aprimoramento, direta ou indiretamente, da plasticidade do cérebro. O aumento da plasticidade - até certo ponto desejável - se traduz em uma capacidade mais veloz de aprendizado e numa maior facilidade de consolidar e armazenar memórias. 

Nesse guia, eu compilei alguns nootrópicos considerados eficazes no aprimoramento da memória (dos vários tipos de memória, isto é). São nootrópicos que atuam, principalmente, facilitando os processos neuroplásticos - favorecendo as mudanças que conduzem ao armazenamento de informações.

1. Bacopa monnieri

Na medicina ayurvédica, a Bacopa é tradicionalmente usada há séculos como um tônico cerebral e para reparar e melhorar a memória. O uso mantém-se até hoje: o ex-primeiro ministro indiano Inder K. Gujral e o campeão de xadrez Vishwanathan Anand revelaram que fazem uso da Bacopa.

Economista e ex-ministro indiano, Yoginder Alagh certa vez disse: "Basicamente, a Bacopa melhora a memória de modo substantivo em seis a oito semanas", que, brincando (ou não...) "prescreveu" a Bacopa para todo os membros do parlamentos.

A Bacopa é um dos nootrópicos com maior suporte e evidência científica para os seus efeitos - senão o maior. Num estudo, estudantes de Medicina receberam 300 mg de Bacopa ou placebo durante seis semanas.

A Bacopa pode facilitar a memória
Os índices neuropsicológicos para "eficiência da atenção, ausência de desatenção e memória de trabalho" foram melhores nos estudantes que usaram a Bacopa. Eles também tiveram melhor pontuação que os colegas que usaram placebo em um teste de memória que exigia que os participantes apreendessem um material e recordassem dele pouco tempo depois (memória lógica e verbal de curto-prazo).

"Nosso estudo foi feito em indivíduos com habilidades cognitivas já elevadas", disseram os pesquisadores. Ou seja: mesmo naqueles sem qualquer déficit cognitivo, mesmo nos jovens, o extrato de Bacopa monnieri foi capaz de melhorar a cognição.

Outro estudo já provou que a Bacopa monnieri aumentou a velocidade de aprendizado e a consolidação de memórias, bem como diminuiu a ansiedade em pessoas saudáveis. Mais um estudo demonstrou que em pessoas saudáveis, a Bacopa aumenta a retenção de novas informações.

Anatomia básica de um neurônio

A Bacopa atua por mecanismos fascinantes. Entre eles, ela é capaz de aumentar a arborização dos dendritos dos neurônios. Os dendritos são como tentáculos que se projetam a partir dos neurônios e servem para captar as informações dos neurônios vizinhos.

Na figura acima, o neurônio de ratos que usaram placebo (A) e o de ratos que usaram Bacopa em doses de 20 mg/kg, 40 mg/kg e 80 mg/kg (respectivamente B, C e D). O neurônio dos ratos que usaram a Bacopa tem muito mais ramificações dendríticas - facilitando a neuroplasticidade.

A Bacopa pode ser encontrada no Brasil sob o nome de Cognitus.

2. Citicolina
Estrutura química da citicolina
A citicolina é uma substância naturalmente produzida pelo corpo. No nosso organismo, ela atua como precursor da fosfatidilcolina. A fosfatidilcolina é um dos tijolos para formar a membrana plasmática - uma muralha que reveste e protege as células. Nos neurônios, a fluidez e integridade da membrana plasmática é crucial para a formação das sinapses e, portanto, para a neuroplasticidade.

Quando a citicolina é suplementada, ela aumenta os níveis de colina no cérebro. A suplementação com a citicolina ajuda a preservar as membranas neuronais por estimular a síntese de fosfatidilcolina. A colina também é o material para a construção da acetilcolina, um mensageiro químico envolvido na memorização e na atenção. Logo, a citicolina aumenta a síntese e disponibilidade da acetilcolina.

A citicolina, quando suplementada, dá origem à colina - que, mais tarde, pode ser desviada para a construção da fosfatidilcolina (componente da membrana celular) e colina

A citicolina é encontrada como
suplemento dietético
Um estudo analisou os efeitos da citicolina em mulheres saudáveis entre 40 e 60 anos. Nenhuma delas tinha déficit cognitivos além daqueles naturalmente esperados em adultos maduros (decorrentes do envelhecimento). As mulheres foram divididas em três grupos: um recebeu placebo, outro 250 mg de citicolina e outro 500 mg de citicolina. Aquelas que haviam recebido a citicolina - independente da dosagem - tiveram melhoras num teste que media, principalmente, a atenção.

Secundário a isso, as mulheres sob os efeitos desse suplemento também tiveram melhoras na memória operativa em comparação ao grupo que usou placebo. A memória operativa é "o armazenamento temporal de informação que é necessária para atividades como aprendizagem, raciocínio e compreensão".

Por exemplo: no início do último parágrafo, no trecho "mulheres sob os efeitos desse suplemento", você teve que lembrar que eu me refiria à citicolina. A memória operativa é justamente isso: manter algumas informações na cabeça, que nos ajudam a compreender outras informações. Também é usada ao realizar cálculos aritméticos. E a citicolina auxilia nesse processo.

Outro estudo encontrou evidência para a melhora da atenção em adultos saudáveis após o uso da citicolina. Em adolescentes, a citicolina melhorou a atenção e a velocidade psicomotora em doses de 250 ou 500 mg por dia (após 28 dias de uso). Em indivíduos idosos com queixas de memória, a citicolina foi capaz de melhorar algumas funções como a memória verbal em doses altíssimas (2000 mg/dia). Outro estudo evidenciou melhoras na memória em idosos após uso da citicolina.

3. Huperzine A
Suplemento de huperzine A
A huperzine A é um das substâncias com maior atividade farmacológica extraídas de musgo chinês, a Huperzia serrata. Essa planta é usada tradicionalmente para o tratamento das demências. Ela possui atividade neuroprotetora (inibe a neurotoxicidade por excesso de glutamato e protege contra radicais livres).

Além disso, a huperzine A tem propriedades colinérgicas. Ela dificulta a atividade da acetilcolinesterase - uma enzima que destrói a acetilcolina, um dos neurotransmissores envolvidos na memorização. Por conta dessas qualidades, ela tem sido investigada para o tratamento do Alzheimer.

Huperzine-A aumenta a memória de estudantes
Os benefícios da huperzine A podem se estender, porém, àqueles que possuem uma cognição intacta. Em um estudo, dois grupos de adolescentes saudáveis receberam huperzine A (100 microgramas, 2 vezes ao dia) ou placebo. Após 4 semanas, os autores relatam que "a huperzine A obviamente melhorou a memória dos estudantes".

Além de aumentar a pontuação dos estudantes em vários índices de memorização, a huperzine A também otimizou o desempenho dos alunos em lições de Inglês e Chinês. Os autores consideraram a huperzine A um candidato promissor para melhorar a "aptidão para o aprendizado". Nenhum efeito colateral foi observado.

Ensaios clínicos já demonstraram que a huperzine A também restaura as disfunções de memória naturalmente observadas com o envelhecimento. 200 microgramas de huperzine A por dia durante 60 dias também foram superiores ao placebo no tratamento do Alzheimer num estudo chinês.

4. Centella asiatica
Centella asiatica (Gotu Kola)
 Também conhecida como Gotu Kola, a Centella asiatica é uma planta nativa da Índia e outros países da Ásia. É tradicionalmente usada na Medicina ayurvédica como "tônico cerebral" para melhorar a memória e aumentar a inteligência e a longevidade. As pesquisas revelam que ela  atua como um neuroprotetor.

Também já foi demonstrado que o Gotu Kola aumenta os níveis de acetilcolina e o número de dendritos no hipocampo de camundongos jovens e adultos. Testes nesses animais também identificaram que a planta "promove as funções intelectuais superiores", como memória e aprendizado.

Outro estudo com a Centella asiatica, dessa vez em ratos, notou que nesses animais ela também estimula o desenvolvimento de dendritos. Como vimos, os dendritos atuam no recebimento das informações nervosas. A proliferação de dendritos ajuda na formação de novas sinapses, o que favorece a memorização.

Imagens A1 e A2: neurônio de ratos que receberam placebo. Imagens D1 e D2: neurônio de ratos que receram a maior dosagem de Gotu Kola. Observe o aumento da proliferação de dendritos (projeções dos neurônios).
Num estudo que contou com 28 adultos maduros e idosos - todos saudáveis -, cientistas administraram o extrato da Centella asiatica em doses diversas: 250 mg ou 500 mg ou 750 mg uma vez ao dia. Após 2 meses, todos os grupos tiveram aumento da memória operativa (capacidade de manter informações "na cabeça" por curto período de tempo).

Os pesquisadores concluíram que a planta melhora o declínio da memória observado com o envelhecimento. A dosagem de 750 mg, especialmente, também melhorou o humor dos voluntários - aumentando a sensação de bem-estar e contentamento.

Em ratos adultos e saudáveis, o extrato de Centella asiatica melhorou o desempenho em testes de aprendizagem espacial e a capacidade de retenção de memória. Notavelmente, não há nenhum estudo em adultos jovens e saudáveis que tenha avaliado a atividade nootrópica da Centella asiatica, mas há uma boa base teórica para se crer que ela também beneficie a memória desses indivíduos.

5. Piracetam

É um medicamento sintético, derivado do neurotransmissor GABA, com uma história fantástica. É a droga que deu origem ao conceito de "nootrópico" e, segundo relatos anedóticos, melhora a memória (veja minha experiência com o piracetam aqui).

Não há muito consenso sobre o seu mecanismo de ação primário. O assunto é tão obscuro quanto fascinante. Revisões científicas apontam diversos efeitos do piracetam no cérebro. Eu me dedicarei nos próximos parágrafos a compilar algumas das descobertas.

(PS: Avance sem culpa cinco parágrafos se os mecanismos moleculares não lhe fascinam).

Relata-se que o piracetam facilita a transferência de informações entre os hemisférios do cérebro e exerce atividade neuroprotetora geral.

A membrana plasmática, que reveste as células do corpo, inclusive os neurônios
O piracetam parece melhorar a fluidez das membranas que revestem os neurônios, em especial quando ela está comprometida. Várias proteínas envolvidas na atividade sináptica estão inseridas nessa membrana. Ao auxiliar na "saúde" das membranas celulares, o piracetam pode favorecer a comunicação entre os neurônios e a formação de novas sinapses.

Há descrição na literatura de que o piracetam aumenta a neuroplasticidade e facilita a transmissão nervosa da acetilcolina e do glutamato - neurotransmissores envolvidos com a memorização.

O glutamato, em especial, ao se ligar a receptores proteicos chamados NMDA causa um fortalecimento das sinapses. Esse é um processo chamado de LTP, considerado um dos pilares da formação de memórias de longo-prazo. O piracetam aumenta o número desses receptores NMDA - potencialmente facilitando as conexões interneuronais e, assim, a memória e o aprendizado.

Em 2010, pesquisadores apontaram que o mecanismo de ação principal do piracetam "permanece um enigma". Apesar de não sabermos ao certo como o piracetam atua, os estudos são consistentes em apontar que ele melhora a memória e outras funções cognitivas.

Um estudo da Grã-Bretanha avaliou os efeitos do piracetam (4800 mg/dia, em três doses) em universitários de um curso de Psicologia. Comparado ao placebo, o piracetam aumentou significativamente a memória verbal. “O fato é que o piracetam estimula o aprendizado verbal (...) e é capaz de expandir as funções intelectuais do homem”, concluíram os autores.

Os autores desse estudo reforçam que os voluntários eram jovens e saudáveis – sem qualquer disfunção cognitiva. “Não temos dados do QI dos voluntários do estudo, mas apenas pelo processo seletivo que eles enfrentaram para se tornar alunos da universidade, eles são muito provavelmente indivíduos que pontuam alto em testes de inteligência e já são dotados de uma excelente memória verbal”, ressaltam.

Em meu livro, Turbine Seu Cérebro, conto a minha experiência com o piracetam e como eu aprendi a potencializar o efeito desse nootrópico.

6. Pycnogenol
O Pycnogenol é vendido como Flebon no Brasil. Imagem: www.tuasaude.com
Nas florestas do sudoeste da França, vive o pinheiro marítimo. Das cascas desse pinheiro, faz-se um extrato chamado de Pycnogenol, riquíssimo em antioxidantes e, de tantas atividades terapêuticas cientificamente comprovadas, quase uma panaceia.

O Pycnogenol tem atividade antioxidante muitas e muitas vezes superior às da vitamina C e vitamina E. Além de ter papel como diminuidor do estresse oxidativo, o Pycnogenol facilita o relaxamento da parede das artérias, aumentando o fluxo sanguíneo. A vasodilatação ocorre mesmo em homens jovens e saudáveis. Isso poderia melhorar o transporte de nutrientes ao cérebro - e, assim, contribuir para a eficiência global do órgão.
Comparação da atividade antioxidante do Pycnogenol com outros antioxidantes comuns, como a vitamina C e a vitamina E
Num estudo que durou oito semanas, cientistas administraram o Pycnogenol a estudantes entre 18 e 27 anos saudáveis, a fim de "aprimorar a performance mental normal". Outros estudantes receberam placebo. Aqueles que receberam o Pycnogenol tiveram pontuação maior em índices como funções executivas, foco, humor e memória.

Além disso, quando compararam a pontuação desses voluntários em exames universitários, o grupo que estava sob o efeito do Pycnogenol teve notas maiores. A diferença entre os dois grupos foi estatisticamente significativa.

Outro interessante estudo com esse suplemento se deu em profissionais com idades entre 35 e 55 anos. Após 12 semanas com a suplementação de Pycnogenol (150 mg/dia) ou placebo, os profissionais do grupo do Pycnogenol tinham menores índices de estresse oxidativo e maior pontuação em testes de memória, bem como melhora no alerta, ansiedade e contentamento.

7. Vimpocetina
A Vinca minor
É um alcaloide semi-sintético, produzido a partir de uma planta que cresce nas montanhas da Europa, a Vinca minor. A vimpocetina aumenta a perfusão de sangue no cérebro. Como consequência, a oferta de oxigênio e glicose aos neurônios melhora. Por meio do aumento da atividade metabólica cerebral, a vimpocetina pode melhorar algumas funções cognitivas, como a memória.
A vimpocetina aumenta o fluxo de sangue ao cérebro
Num estudo, doze mulheres saudáveis receberam a vimpocetina (em doses de 10, 20 ou 40 mg) ou placebo durante três dias. Uma hora após a última dose, elas realizaram um teste de memória. Aquelas que haviam recebido 40 mg de vimpocetina tinham uma melhor memória operativa que as que haviam recebido placebo. Em meu livro, o Turbine Seu Cérebro, falo mais do uso e da minha experiência com a vimpocetina.

8. Ômega 3 (rico em DHA)


O popular óleo de peixe dispensa muita apresentação. Ele é fonte de ômega 3 em duas formas: EPA e DHA. Eles atuam como melhoradores cognitivo - mesmo quando suplementado em pessoas já saudáveis.

O ômega 3 modifica a composição de ácidos graxos na membrana celular - a muralha que reveste e protege os nosso neurônios. Cientistas acreditam que o EPA e o DHA melhoram a fluidez das membranas - o que pode melhorar a comunicação interneuronal e contribuir para a neuroplasticidade. Eles também regulam processos de sinalização celular que controlam positivamente a expressão gênica.
O ômega 3 toma parte na constituição das membranas plasmáticas - aumentando a fluidez dessas membranas
Um estudo em voluntários jovens e saudáveis mostrou que a suplementação com DHA (1,16 gramas de DHA por dia) promoveu melhoras na memória. Esses voluntários tinham uma dieta pobre em DHA.

Outro estudo demonstrou, porém, que suplementos que contém mais EPA que DHA são mais eficazes para melhorar a performance cognitiva que os suplementos mais ricos em DHA. Os voluntários que consumiram um suplemento rico em EPA tinham melhor pontuação em um teste de memória operativa e memória espacial.

Aprenda mais sobre como aumentar a sua memória

Você pode conferir outros medicamentos e suplementos que deixam a memória mais afiada - e que aumentam também a concentração e o desempenho intelectual - no meu livro, o Turbine Seu Cérebro. No ebook, eu conto minha experiência com os nootrópicos e desacortino a ciência por trás deles.

Apesar dessas substâncias serem um arsenal poderoso para ampliar as capacidades do cérebro, há outros fatores em jogo. Eu também exploro, no e-book, como a alimentação, o sono e o exercício físico podem ser manipulados para melhorar a inteligência. Clique aqui para conferir mais.

17 comentários:

  1. Boa tarde, Matheus! Inicialmente, parabéns pela página, é bastante completa e esclarecedora.
    Você conhece algum possível efeito colateral no uso de Fisioton + Forten ?

    Obrigado, abraços!

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    1. Gustavo, suspeito que não haja nenhuma interação medicamentosa entre esses medicamentos, uma vez que o Forten possui em sua formulação ingredientes endógenos, que fazem parte do metabolismo do corpo (como vitaminas e aminoácidos), que podem ser encontrados na alimentação. Contudo, apenas um médico pode indicar a associação.

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    2. Tomei a Rodiola rosea por aproximadamente um mês e meio, na dosagem de 700mg. Aprximadamente em duas semanas senti que meu sono começou a se regularizar. Acordava do nada, por volta das 5:30, 6:00 da manha, com a mente completamente acordada. Durante o dia, sentia muita energia e e pouco sono. Um cochilo de 20 ou 30 minutos já era o suficinete para me deixar zerado. Além disso, minha cabeça voltou a funcionar depois de anos agonizando. Minha memória ficou muito boa, eu era capaz de gravar, mesmo sem querer, o nome de pessoas e números, por exemplo. Do nada eu simplesmente lembrava das coisas. Porém, notei uma diminuição progressiva da libido. Conversando com um amigo que tomou fisiton, ele me relatou o mesmo problema. Acabei parando em nome da libido, que logo em seguida voltou ao normal. Mas confesso que estou com saudade dos efeitos mentais dessa danada da rodiola rosea.

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    3. Desde já agradeço a atenção

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    4. Boa noite Gilberto da Motta Neto gostaria de saber como você fez o uso da Rodiola Rósea pura ou se você usou com algum outro remédio junto com a Rodiola Rósea desde já agradeço pela atenção

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    5. Fiz o uso da Rodiola Rósea e não senti diferença nenhuma em mim

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  2. Matheus, parabéns pelo site. Já li todos os artigos e alguns mais de uma vez.
    Tenho problemas com atenção, memória e sono. Já acordo cansado e passo o dia assim.
    Experimentei por curto período o Piracetam + Lecitina de Soja. Não senti nada, mas quando parei percebi que o uso havia me deixado mais concentrado nos estudos. Desde que parei nunca mais consegui aquele nível de concentração.
    Após, tentei a combinação de cafeína + L-Theanina pra ver se tinha mais disposição. Comecei com 200mg de cafeína por 400mg de L-Theanina. Senti sono e cansaço rapidamente.
    Mudei pra 200x200. Me senti bem, mas após algumas horas o cansaço foi incontrolável.
    Alterei então pra 400x400. Senti um calorão insuportável e ao passar o efeito da cafeína o cansaço pegou forte.
    Estava querendo tomar algo que me deixasse disposto + algo que ajudasse na concentração e memória.
    O que sugere pela sua experiência?

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    1. Anderson, o ideal é que discuta esses problemas com o seu médico. Dificuldades no sono, em especial, podem prejudicar tanto a memória quanto a atenção - e merecem tratamento médico.

      A literatura descreve que o piracetam tem efeitos graduais - isso pode prejudicar a percepção dos seus efeitos.

      Quanto a cafeína com a l-teanina, a maioria dos estudos utilizou um regime de cerca de 100 mg de cafeína e 200 mg de l-teanina. A cafeína em excesso - 400 mg, de uma só vez - pode causar uma ansiedade excessiva, prejudicando a performance cognitiva pelo excesso de agitação. Já a l-teanina, em doses como as de 400 mg, dependendo da sensibilidade individual, pode induzir relaxamento excessivo - também prejudicial ao desempenho intelectual. Isso pode ser verificado na imagem a seguir: http://www.carloseduardorosa.com.br/wp-content/uploads/2015/01/fig-1-ansiedade.png

      Outro agravante com a cafeína é seu potencial para tolerância - doses maiores passam a ser necessárias para obter o mesmo efeito. Mas o pior é que há descrição de abstinência de cafeína - que inclui sintomas como desempenho cognitivo comprometido e fadiga (temporários). Doses elevadas, como as de 400 mg, podem causar mais rapidamente essa dependência e produzir abstinência quando são descontinuadas.

      É preciso que consulte um médico para que ele lhe faça recomendações individuais. Eu não tenho essa capacidade. Para fins informativos, saiba que a sulbutiamina é um fármaco que atua nos quadros de astenia - cansaço excessivo, que pode prejudicar a concentração e a memória. Resolvendo-se a astenia, os demais sintomas também são solucionados. A Rhodiola rosea, uma planta, também atua na astenia e na fadiga física e mental, além de melhorar a qualidade do sono

      Converse com o seu médico a respeito. Ele irá investigar problemas de saúde que podem causar o quadro que você descreveu e poderá indicar a terapia mais acertada. Casos de fadiga, problemas de sono e indisposição tem muitas causas possíveis e elas merecem investigação clínica. Abraço!

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  3. Matheus, você tem alguma publicação relativa a substâncias que melhorem o sono? Taurina, Kava-Kava, Melatonina... enfim.

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    1. Cloreto de magnésio PA.. pesquisa aí, é excelente!!!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Duante 6 meses utilizei piracetam + colina( primeiramente derivada da lecitina de soja, depois epocle e finalmente ovos). Estava tudo tranquilo até eu conhecer Rodiola rosea e a sulbutiamnina. Parei o piracetam + colina e passei 1,5 mês usando sulbutiamina. Nao percebi nenhuma melhora cognitiva, apenas as mãos oleosas. Desisti, então, da sulbutiamina e imediatamente introduzi Rodiola rosea. Foi quando subitamente tive minha PA aumenta consideravelmente. Hoje estou indo ao cardiologista investigando as causas dessa alteração. Até o momento nada. Em seguida irei a um psiquiatra, pois acredito q fiquei a um passo de adquirir sindrome do pânico. Não tenho certeza, mas acredito que tenha sido a Rodiola rosea que precipitou isso. Também utilizava bastante: chá verde, chá branco, chá preto, chá mate, café, suco de uva, chocolate amargo, bem como capsulas de omega 3 centrum e um multivitaminico da Sundown

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  6. Gostaria de saber sua opinião, mateus. Após fazer um checkup junto ao cardiologista talvez eu volte a usar o velho e querido piracetam. Acredito que pode ter havido uma interação medicamentosa entre a Rodiola rosea, sulbutiamina e cafeína presente nos chás.

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    1. Wagner, eu senti PA oscilando (Sou hipertenso) logo que parei com a rodiola, inclusive uma leve palpitação. Durante o uso, nenhum efeito negativo, mas vou tentar mais uma vez.

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  7. Douglas Andrade, estou muito bem usando Bacopa e Noopept. Uso também multivitaminico + óxido de magnésio + ômega 3. Pretendo adquir um suplemento de colina. Só ainda não me recordei das memórias intra-uterinas. Kkkk. Fiz uma grande mudança nos hábitos alimentares. Frenquencia cardíaca em repouso 60pbm, PA 110/80 em média. Acredito que tive picos de PA no passado devido a dieta e não pelos nootropicos.

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