O que é o aniracetam?
O aniracetam é um fármaco considerado nootrópico:
"O aniracetam é membro da classe de drogas dos nootrópicos, que tem um possível efeito de melhorar a cognição", segundo uma descrição publicada no periódico Drugs&Aging.
Esse medicamento foi desenvolvido pela companhia farmacêutica Hoffmann-La Roche no fim dos anos 1970. O aniracetam é prescrito em alguns países europeus para tratar problemas de memória e atenção. No caso do Brasil, essa substância não é aprovada como medicamento. Em consulta no website da Anvisa, não há registro do aniracetam.
Comparação com o piracetam
Por sua estrutura molecular, o aniracetam (N-anisoil-2-pirrolidinona) é classificado como um racetam. Assemelha-se estruturalmente ao nootrópico piracetam, que é o protótipo dos racetams.
Uma diferença entre os dois é o que o aniracetam é mais solúvel em gorduras (lipossolúvel), diferente do piracetam, que é hidrossolúvel. Substâncias lipossolúveis atravessam barreiras biológicas com mais facilidade. Daí, especula-se que o aniracetam seja mais eficaz em penetrar no cérebro.
Ao menos em estudos em animais, "de modo consistente, o aniracetam mostrou-se consideravelmente mais potente que o (...) piracetam", segundo revisão de literatura publicada no Drug Investigation.
Em camundongos, por exemplo, o aniracetam teve potência dez vezes maior que a do piracetam em corrigir déficits de memória e aprendizado causados por excesso de dióxido de carbono. Isso significa que doses menores de aniracetam foram necessárias para obter um efeito equivalente ao do piracetam.
Quais os efeitos do aniracetam no cérebro?