O que é o Pycnogenol e Flebon?
Pycnogenol® é um dos mais poderosos antioxidantes naturais. Trata-se de um extrato fitoterápico, obtido a partir das cascas de um pinheiro (
Pinus pinaster), que é rico em antioxidantes das classes dos flavonoides e polifenóis. No Brasil, é vendido
sob prescrição médica sob o nome de Flebon.
Após ingestão oral, esses compostos antioxidantes ficam elevados por até 14 horas no sangue [1].
Efeitos do Flebon na circulação sanguínea
O Pycnogenol (Flebon) tem muitos efeitos interesses - um deles está em melhorar a dilatação os vasos sanguíneos. Pacientes com doença arterial coronariana que receberam 200 mg/dia de Pycnogenol por 8 semanas tiveram uma melhora significativa do fluxo sanguíneo, de modo superior ao placebo [2].
Melhor circulação significa que oxigênio e nutrientes chegam aonde precisam. Inclusive ao cérebro, que é um "vampirão": ele consome 20% do oxigênio, mesmo tendo 2% da massa corporal.
Pesquisadores da Universidade de Swinburne (Austrália) explicam que:
“Essa ação de relaxar os vasos sanguíneos e torná-los mais flexíveis não apenas beneficia o cérebro, mas também reduz o estresse do sistema cardiovascular e de todo o corpo, devido a uma melhor circulação” [3].
Já pesquisadores da Universidade de South Florida descobriram o mecanismo por trás desses efeitos: o Pycnogenol estimula a produção de óxido nítrico, famoso vasodilatador natural [4].
Ações antioxidantes e antiinflamatórias do Flebon (Pycnogenol)
Como eu te contei ali em cima, esse extrato fitoterápico conta ainda com uma notável ação antioxidante, ou seja, capaz de frear a oxidação dos neurônios. “O cérebro humano é altamente suscetível aos danos oxidativos”, como afirmam pesquisadores [3].
Lembra do apetite voraz do cérebro por oxigênio? Isso gera muita oxidação. Assim como a manteiga fica rançosa fora da geladeira, o cérebro, rico em substâncias gordurosas, também pode sofrer o mesmo - algo chamado de peroxidação lipídica. E o cérebro tem menor resserva de antioxidantes [3].
Daí que entra o Pycnogenol (Flebon).
O estresse oxidativo tem sido apontado como uma das causas de um declínio da capacidade intelectual. Pesquisadores da Universidade de Chieti-Pescara (Itália) apontam que:
"É possível que em profissionais estressados e muito ativos o aumento do estresse oxidativo possa ser tanto o resultado quanto a causa de alterações (...) nas funções cognitivas, que afetam de modo significativo o estilo de vida, desempenho e possivelmente mesmo a vida pessoal" [5].
O leque de ações é ainda mais ampliado ao se considerar que o Pycnogenol exibe alguns efeitos anti-inflamatórios [9].
Efeitos do Pycnogenol (Flebon) nas funções mentais
Esses pesquisadores italianos analisaram os efeitos do uso de 150 mg/dia de Pycnogenol no intelecto de adultos saudáveis entre 35 a 55 anos com “estresse oxidativo elevado”.
Após 3 meses, esses adultos tiveram uma queda significativa – na média, 30,4% – nos níveis de substâncias oxidativas, comparado a um grupo que não recebeu Pycnogenol.
Somado a isso, o uso do extrato aumentou significativamente a memória de trabalho e episódica, atenção sustentada e funções executivas, de modo superior ao placebo.
Outro impacto positivo do Pycnogenol foi na execução de tarefas do dia-a-dia, como lidar com dinheiro e resolver problemas; além de melhorar a performance em tarefas profissionais.
Quem usou Pycnogenol teve melhora em parâmetros de humor, como maior alerta e contentamento e menor ansiedade [5].
Outros pesquisadores descobriram mais benefícios nm grupo de jovens universitários saudáveis. Eles receberam Pycnogenol (100 mg/dia) por 8 semanas, associado a “um plano de saúde padronizado”. Após 2 meses, tiveram melhoras em testes de foco, memória e funções executivas, comparado a um grupo que não recebeu o extrato.
Também ficaram mais de bem com a vida: sentiam-se mais alertas, contentes e calmos. Nos exames universitários, eles obtiveram pontuações melhores do que o grupo de jovens que não recebeu Pycnogenol [8].
TDAH e declínio cognitivo
Benefícios também foram notados em crianças com TDAH. Um estudo verificou que elas tinham maiores danos oxidativos no DNA quando comparadas a crianças sem esse diagnóstico.
A suplementação com o Pycnogenol por 1 mês foi capaz de reduzir a oxidação do material genético e aumentar a capacidade antioxidante do sangue. Em paralelo, elas tiveram melhora da atenção [6].
Em pessoas saudáveis, entre 55 a 70 anos, o uso de Pycnogenol por 12 meses também produziu efeitos interessantes. O extrato derrubou em 28% os seus níveis de estresse oxidativo. Não houve redução num outro grupo que não recebeu Pycnogenol.
Além disso, aqueles que consumiram o extrato por um ano tiveram uma melhora em índices de declínio cognitivo, na execução de tarefas do dia-a-dia e nas funções cognitivas [7].
Conclusão
Pesquisadores australianos concluíram que:
"Os efeitos biomoduladores do Pycnogenol melhoram vários mecanismos que podem sustentar a cognição, incluindo processos vasculares, anti-inflamatórios, neuroprotetores e antioxidantes.
(...) Com ensaios clínicos preliminares indicando benefícios em vários domínios cognitivos, incluindo atenção, memória e funções executivas” [3].
O Pycnogenol (Flebon) só pode ser vendido sob prescrição médica. É indicado para tratar problemas vasculares, segundo a bula.
Referências