Por Nooberto, do blog IntensaMente, exclusivamente para o Cérebro Turbinado
Imagine um cupim comendo uma cadeira de madeira. Ele é pequeno mas está lá, e basta ele jantar o cotoco de apenas uma das pernas da cadeira para todo o resto cair.
Pronto: você acabou de entender o problema dos radicais livres!
Eu sei, eu sei, é uma explicação muito simplista, mas nessa primeira colaboração do Blog IntensaMente para o Cérebro Turbinado, eu gostaria abordar esse tema da forma mais didática possível. Entendo os radicais livres, você entenderá a importância dos antioxidantes para o desempenho cognitivo, tema de comum interesse com meu parça Matheus e seus leitores.
Radicais Livres: é uma banda?
Não, mas eles tocam o terror na nossa saúde. A grande contradição é que o oxigênio, aquele mesmo que respiramos, é o que alimenta os radicais livres, em reações geradas em certas situações que o corpo entende como estressantes:
- Poluição
- Exercícios intensos
- Inflamações
- Agrotóxicos nos alimentos e muitas, muitas outras.
Sim, estamos cercados.
Prendam aqueles radicais livres!
Os radicais livres produzem mudanças adversas que vão se acumulando, e podem ser considerados a raiz de diversos problemas (lembra do cupim?):
- Envelhecimento precoce
- Cânceres de toda sorte
- Danos ao DNA
- Declínio cognitivo
Aqui que a parada fica séria.
O acúmulo de oxidação gerada por radicais livres causa danos diretos e indiretos ao cérebro, favorecendo a perda gradual da capacidade cognitiva, variando em grau e seriedade de acordo com predisposições genéticas e fatores ambientais
Antioxidantes na cabeça
Antes de fazer sua próxima listinha de compras, vamos entender como os antioxidantes ajudam nossa saúde nesse cenário tenebroso.
Em uma linha, bem simples, do jeito que eu gosto: o nível de estresse oxidativo se dá pela diferença entre a oxidação gerada pelo radicais livres e a quantidade de antioxidantes disponíveis para neutralizar essas reações. Pratica atividade física intensa? Se expõe à poluição? Não come apenas orgânicos? Dá-lhe antioxidantes!
Meus preferidos
- N-Acetil-Cisteína (NAC): atua diretamente no cérebro, evitando o estresse oxidativo causado pelo uso de nootrópicos (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20399762).
- Vitamina E: ótimo protetor do cérebro, equiparável à selegilina na diminuição da progressão do Alzheimer: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9110909?dopt=Abstract
- Ômega 3: disponível em uma vasta gama de alimentos e suplementos, ele atua não apenas como antioxidante, mas também melhora a capacidade cognitiva (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26901223)
- Ácido Alfa-lipoico: também atua de forma importante no cérebro, prevenindo estresse oxidativo (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22560493)
- Chocolate: Os flavonoides presentes no chocolate amargo (mínimo 70% de cacau) são comprovadamente benéficos para o desempenho cognitivo (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26047963). Esse eu deixei por último como sobremesa ;)
Em minha busca pelo aumento do desempenho cognitivo, eu dou tanta importância aos antioxidantes como dou aos nootrópicos, e por isso achei que seria válido compartilhar esse conhecimento com quem partilha desse interesse.
Gostou? Então fica ligado, porque a dobradinha Cérebro Turbinado x Blog IntensaMente promete muito mais.
Abraço!